23 de novembro de 2009
Mas que infortúnio!
A morte surda caminha ao meu lado e eu não sei em que esquina ela vai me beijar.
Ah, eis me aqui, viva (acredito eu)... vegetando em frente a essa tela que suga o pouco que me sobra de energia. Argh eu penso, penso, penso sem parar... e isso me cansa!
Hoje o dia foi estranho, coisas loucas acontecem comigo as vezes. Me qualificaram como uma pessoa macabra, acredita? Pois é... pô só por que quando a minha amiga falou que não achava mais nenhum sentido em sua vida, eu ofereci uma corda que eu tenho aqui em casa, pra casos como este. Oh isso é realmente lamentável! A desgraçada não quis a corda... prefere morrer aos poucos afogada em seu mar de lágrimas... sendo assim, ofereci um submarino, ou quem sabe um barquinho de papel. Ela não quis novamente.
Então descobri o que ela realmente queria: não era ajuda pra cometer suicídio, muito menos pra continuar vivendo, ela queria mesmo era me levar pra dentro de sua escuridão pra não se sentir tão só dentro dela... ah faça-me rir, como se já não me bastasse os fantasmas 'mortos' que me tentam a noite, agora me aparece uma fantasma 'viva' cheia de amargura pra me dar.
Ah, eis me aqui, viva (acredito eu)... vegetando em frente a essa tela que suga o pouco que me sobra de energia. Argh eu penso, penso, penso sem parar... e isso me cansa!
Hoje o dia foi estranho, coisas loucas acontecem comigo as vezes. Me qualificaram como uma pessoa macabra, acredita? Pois é... pô só por que quando a minha amiga falou que não achava mais nenhum sentido em sua vida, eu ofereci uma corda que eu tenho aqui em casa, pra casos como este. Oh isso é realmente lamentável! A desgraçada não quis a corda... prefere morrer aos poucos afogada em seu mar de lágrimas... sendo assim, ofereci um submarino, ou quem sabe um barquinho de papel. Ela não quis novamente.
Então descobri o que ela realmente queria: não era ajuda pra cometer suicídio, muito menos pra continuar vivendo, ela queria mesmo era me levar pra dentro de sua escuridão pra não se sentir tão só dentro dela... ah faça-me rir, como se já não me bastasse os fantasmas 'mortos' que me tentam a noite, agora me aparece uma fantasma 'viva' cheia de amargura pra me dar.
14 de novembro de 2009
11 de novembro de 2009
Marcadores:
Os anjos - Renato Russo
10 de novembro de 2009
9 de novembro de 2009
Ah, se eu aguento ouvir
Outro não, quem sabe um talvez
Ou um sim
Eu mereço enfim...
É que eu já sei de cor
Qual o quê dos quais
E poréns, dos afins, pense bem
Ou não pense assim...
Eu zanguei numa cisma, eu sei
Tanta birra é pirraça e só
Que essa teima era eu não vi
E hesitei, fiz o pior
Do amor amuleto que eu fiz
Deixei por aí
Descuidei dele, quase larguei
Quis deixar cair
(tsc tsc)
Mas não deixei
Peguei no ar
E hoje eu sei
Sem você sou pá furada.
Ai! não me deixe aqui
O sereno dói
Eu sei, me perdi
Mas ei, só me acho em ti.
Que desfeita, intriga, uó!
Um capricho essa rixa; e mal
Do imbróglio que quiproquó
E disso, bem, fez-se esse nó.
E desse engodo eu vi luzir
De longe o teu farol
Minha ilha perdida é aí
O meu pôr do sol.
Outro não, quem sabe um talvez
Ou um sim
Eu mereço enfim...
É que eu já sei de cor
Qual o quê dos quais
E poréns, dos afins, pense bem
Ou não pense assim...
Eu zanguei numa cisma, eu sei
Tanta birra é pirraça e só
Que essa teima era eu não vi
E hesitei, fiz o pior
Do amor amuleto que eu fiz
Deixei por aí
Descuidei dele, quase larguei
Quis deixar cair
(tsc tsc)
Mas não deixei
Peguei no ar
E hoje eu sei
Sem você sou pá furada.
Ai! não me deixe aqui
O sereno dói
Eu sei, me perdi
Mas ei, só me acho em ti.
Que desfeita, intriga, uó!
Um capricho essa rixa; e mal
Do imbróglio que quiproquó
E disso, bem, fez-se esse nó.
E desse engodo eu vi luzir
De longe o teu farol
Minha ilha perdida é aí
O meu pôr do sol.
8 de novembro de 2009
7 de novembro de 2009
Diluído
Estou com frio, estou feio
Estou sempre confuso com tudo
Posso encarar milhares de olhos
Mas todo sorriso esconde uma mentira deslavada
Isso coça, da raiva, acumula e respira
Meus heróis estão mortos, eles morreram na minha mente
Tire do bando, esprema a dor
Algo dentro de mim abriu de novo
Meus pensamentos resumidos
Todas as pequenas falhas que eu neguei
Esqueça o hoje, esqueça tudo que aconteceu
Todo dia eu vejo mais algumas deficiências
Eu não tenho vergonha de ser uma completa catástrofe
Que diabos - eu fiz - pra merecer - tudo isto?
Estou sempre confuso com tudo
Posso encarar milhares de olhos
Mas todo sorriso esconde uma mentira deslavada
Isso coça, da raiva, acumula e respira
Meus heróis estão mortos, eles morreram na minha mente
Tire do bando, esprema a dor
Algo dentro de mim abriu de novo
Meus pensamentos resumidos
Todas as pequenas falhas que eu neguei
Esqueça o hoje, esqueça tudo que aconteceu
Todo dia eu vejo mais algumas deficiências
Eu não tenho vergonha de ser uma completa catástrofe
Que diabos - eu fiz - pra merecer - tudo isto?
5 de novembro de 2009
1 de novembro de 2009
Trecho do livro Mastigando Humanos de Santiago Nazarian:
Animais humilhados
Humanos obscuros
Objetos animados
"O gosto dos subterrâneos foi o que me tornou incapaz de sentir qualquer outra coisa. Vocês sabem, quando se está mergulhado em excessos, não se pode estimular papilas individualmente. Todos esses tóxicos que saem pelos canos, toda essa comida industrializada tiveram um efeito ainda maior na minha cabeça que no meu paladar - e hoje sinto que tenho várias faculdades mentais prejudicadas. Mas, provavelmente, muitas outras evoluídas. Afinal, se não houvesse passado pelo que eu passei, não haveria graça em contar a minha história. Não seria novidade nenhuma mais um jacaré alimentando-se de capivaras. Com a boca aberta sob o sol. Palitando os dentes com passarinhos. Ah, seria uma aventura bucólica que eu nem teria capacidade de organizar em sentenças, pontuadas, se minhas funções mentais não tivessem sido alteradas.
(...) Concordo que poderia ter sido diferente, eu poderia ter seguido outros caminhos e não ter me lesado tanto. Mas vai saber o que uma simples friagem não poderia fazer em mentes demasiadamente protegidas, ou o efeito tóxico da noz-moscada na comidinha caseira, ou o lapso permanente - a paralisia cerebral- provocada ao dizer pecan pie em um quarto de hotel. Se a destruição é inevitável, ao menos que seja saborosa...
No fundo somos todos iguais, no fundo do mar, do esgoto, da terra. Todos a agir, apenas alguns a pensar. Os que pensam, pensam, pensam sobre suas próprias ações, as mesmas ações dos outros, não mudam em nada os atos em si. Talvez para aqueles que não pensem possam se identificar. Os que não pensem possam ler e refletir, e continuar, para não afundar. Mas o que estou dizendo?..."
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